Depois falamos da definição do conceito de verdade, que era a faculdade de escolher apenas aquilo que a razão reconhece como necessário ou bom, sem a intervenção de qualquer inclinação, vontade superior, boa vontade que age por respeiro ou dever.
E para finalizar a aula falamos também das características desse fundamento que era: o ser da boa vontade é o querer agir bem, ou seja autonomamene, para além de todas as inclinações sensíveis e naturais.
Chama-se interesse ao que ocorre na vontade quando esta depende de uma forma duvidosa ou contigente dos príncipios da razão. Isto significa que a vontade age em conformidade com o dever, mas não por dever, na medida em que age por interesse próprio e circunstâncias particulares.
E assim terminou a aula de Filosofia!
A noção de dever na ética de Kant
É comum dizer que a ética de Kant é deontológica, dado que a noção de dever desempenha de um papel fundamental na sua ética. ( O termo " deontológico" vem da palavra grega " deontos", que signifia dever.)
Antes de mais, é importante perceber que o modo como Kant usa o termo «dever» é um pouco diferente do modo como geralmente o usamos. Quando Kant diz que alguém agiu por dever, ele quer dizer que essa pessoa agiu segundo uma máxima que passa o teste do imperativo categórico.
Kant tem uma posição semelhante em relação ao dever. Imagina que um familiar te dá uma prenda péssima, e te pergunta se gostas dela. Para não magoar os seus sentimentos, talvez lhes mentisse e lhes dissesse que a prenda era lindíssima, embora estivesses a pensar, para ti mesmo, que o melhor sítio para a dita era bem no fundo da arrecadação. Segundo Kant, mentir ao teu familiar estás a agir por dever, mas Kant defende que não estás.
Kant defende que só agimos por dever quando agimos de acordo com o dever. Ou seja, agir de acordo com o dever é uma condição necessária para agir por dever. Mas não é uma condição suficiente isto porque, Kant pensa que é possível agir de acordo com o dever sem agir por dever.
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